Maurício Pazz lançou ‘Afã e Fé’, seu novo álbum que dialoga com ancestralidade, memória afetiva e sonoridades afro-diaspóricas. Em 13 faixas, o disco percorre territórios sonoros que vão do samba ao maracatu, passando por ritmos tradicionais e experimentações contemporâneas. Produzido com apoio do Edital Petra Zuca, ‘Afã e Fé’ reúne colaborações e homenagens que ressaltam uma estética de resistência, fé e celebração.
O conceito por trás de Afã e Fé
Afã e Fé é um projeto que busca resgatar memórias e celebrar raízes. O disco de Maurício Pazz mistura tradição e experimentação musical de forma sensível.
Temas centrais
O álbum fala sobre ancestralidade, resistência e cuidado com a memória coletiva. As letras e os arranjos trazem imagens do cotidiano e do sagrado.
Sonoridades e influências
O som bebe em referências afro-diaspóricas como maracatu, samba e batuques. Há camadas de percussão que dialogam com guias melódicos simples e claros.
Memória e território
As músicas evocam lugares e lembranças afetivas do artista e da comunidade. Essas referências ajudam a entender o tom íntimo e político do trabalho.
Fé e rito
Elementos ritualísticos aparecem em texturas e nas escolhas percussivas do disco. A fé é tratada como prática coletiva e fonte de conexão emocional.
Processo criativo
A produção propõe diálogo entre músicos tradicionais e novas sonoridades. O apoio de editais e parcerias permite experimentações sem perder a ancestralidade.
Estética e produção
O arranjo prioriza espaço para a voz e para os instrumentos de percussão. O resultado é um som orgânico, quente e próximo do ouvinte.
Influências afro-diaspóricas e referências geográficas
Afã e Fé de Maurício Pazz toma ritmo e memória de tradições afro-diaspóricas. O disco traz batidas e cânticos que vêm de várias regiões do Brasil.
Principais influências
Maracatu aparece com tambores graves e coro coletivo. O samba surge em levadas e canto de grupo. Batuque e afoxé entram com percussão seca e pulsante.
Referências geográficas
O Nordeste, especialmente Pernambuco e Bahia, é fonte clara de sons e ritos. O Rio de Janeiro contribui com a cadência do samba urbano. Essas regiões marcam a identidade sonora do álbum.
Como as influências se manifestam
Há camadas de atabaque e alfaia que criam texturas rítmicas. Vozes em chamada e resposta aparecem em momentos-chave. Arranjos simples deixam espaço para a percussão respirar.
Elementos culturais e simbólicos
Referências ao sagrado aparecem em letras e timbres. Ritmos de terreiro dialogam com a canção popular. Isso aproxima o ouvinte da ancestralidade das músicas.
Termos breves
Afro-diaspórico refere-se à cultura trazida pela diáspora africana. Maracatu é um ritmo pernambucano ligado ao cortejo cerimonial. Afoxé vem de tradições de origem iorubá e ganhou a rua.
Relevância para o ouvinte
O álbum amplia a escuta para saberes locais e coletivos. Ele convida a perceber onde o som nasceu e como ele circula.
Faixas em destaque: de ‘Negro Movimento’ a ‘Primeiro de Janeiro’
As faixas em destaque mostram a amplitude de Afã e Fé em ritmo e emoção.
Negro Movimento
“Negro Movimento” abre com percussão intensa e um coro que chama participação do público.
A letra fala de luta, corpo e memória, com imagens simples e fortes.
Primeiro de Janeiro
“Primeiro de Janeiro” tem melodia suave e arranjo que valoriza a voz e o sopro.
O tema evoca lembranças de família e rituais em versos curtos e diretos.
Colaborações e destaques
Há participações que somam texturas, como vozes e instrumentos tradicionais em segundos planos.
Essas colaborações reforçam a ancestralidade e criam momentos de destaque no álbum.
Arranjos e sonoridade
Os arranjos deixam espaço para percussão e voz, valorizando o pulso rítmico.
Texturas acústicas se misturam a elementos eletrônicos em doses sutis e cuidadas.
Como ouvir
Ouça as faixas em sequência para sentir a narrativa sonora do disco inteiro.
Repare nas pequenas variações rítmicas; elas mudam a sensação de uma canção para outra.
Colaborações e reverência: Walmir Gil e músicos convidados
Walmir Gil aparece como presença afetiva no disco de Maurício Pazz. Sua história inspira arranjos e palavras em várias faixas.
O papel de Walmir Gil
Walmir Gil é lembrado por sua trajetória no samba e na cultura popular. Sua música orienta escolhas de ritmo, timbre e fala poética nas canções.
Músicos convidados e texturas
Músicos convidados trazem sons variados, como sopro, cordas e percussão. Esses instrumentos criam camadas que valorizam o canto e o ritmo. Houve também vozes ancestrais em coro, reforçando o sentimento coletivo.
Processo de gravação colaborativo
As sessões de gravação foram feitas com diálogo e escuta entre músicos. O produtor buscou preservar espontaneidade e timbres orgânicos nas tomadas.
Reverência e homenagem
A presença de Walmir Gil vira homenagem, não cópia do seu trabalho. As músicas reconhecem raízes e atualizam linguagem sem apagar origem.
Impacto para o ouvinte
As colaborações ampliam a experiência sonora e o sentimento de pertencimento. Você percebe detalhes que ligam o passado e o presente nas músicas.
Processo criativo e o apoio do Edital Petra Zuca
O processo criativo começou com conversas e gravações em estúdio simples.
Maurício Pazz buscou ouvir músicos, histórias e ritmos do cotidiano local.
As sessões priorizaram a escuta, a experimentação e o respeito às tradições.
Arranjos foram construídos com percussão viva e harmonia simples e direta.
O papel do Edital Petra Zuca
O Edital Petra Zuca financiou etapas de criação e gravação do disco.
Esse apoio possibilitou ensaios, pagamento de músicos e dias em estúdio.
Com o edital, houve liberdade para testar ideias sem pressa ou pressão comercial.
O resultado sonoro reflete escolhas cuidadosas e compromisso com a ancestralidade.
Vozes e percussões foram gravadas com foco em emoção e clareza sonora.
O projeto mostrou como editais culturais fortalecem narrativas locais e coletivas.
Audição na Casa da Música Brasileira: recepção e emoções
A audição em Casa da Música Brasileira trouxe um clima íntimo e caloroso.
O público acolheu Afã e Fé com atenção e silêncio respeitoso entre as faixas.
Reações do público
Várias pessoas cantaram trechos, bateram palmas e acompanharam o pulso rítmico com emoção.
Alguns choraram em silêncio ao ouvir passagens mais íntimas do repertório do artista.
Momentos marcantes
A apresentação de ‘Negro Movimento’ gerou energia coletiva, canto e celebração intensa.
Em ‘Primeiro de Janeiro’, a plateia ficou em silêncio para ouvir cada verso.
Interação entre músicos e público
Músicos trocaram olhares e acenos com quem assistia ao vivo no local.
Houve espaço para perguntas, comentários e depoimentos de pessoas após algumas canções.
Sentimento coletivo
A sensação geral combinou resistência, festa e cuidado com a memória afetiva.
O concerto reforçou laços e trouxe conversa comum sobre raízes e futuro.
Cobertura e impacto
A audição foi registrada por fotógrafos e por emissoras culturais locais presentes.
Esse registro ajuda a divulgar Afã e Fé para novos públicos e espaços.
Reações do artista
Maurício Pazz agradeceu e falou sobre as memórias que inspiraram as músicas.
Ele mencionou o apoio do edital e a força da comunidade na criação.
O impacto do disco para a cena musical negra contemporânea
Afã e Fé amplia o alcance de Maurício Pazz na cena musical negra contemporânea.
Influência artística
O disco traz arranjos que dialogam com tradições e linguagem musical contemporânea.
Músicos e produtores notam referências claras ao samba, maracatu e batuque tradicionais.
Visibilidade e espaços
A obra ajuda a abrir portas em festivais, rádios e plataformas digitais relevantes.
Projetos como esse geram convites para shows, entrevistas e colaborações locais e regionais.
Formação e inspiração
Jovens músicos veem no álbum um roteiro prático de criação e respeito.
As letras e os timbres servem como exemplo de cuidado com a memória.
Fortalecimento de identidades
O disco reafirma saberes culturais que vêm da diáspora africana para o Brasil.
Essa reafirmação ajuda comunidades a resgatar práticas, histórias e formas de cantar.
Mercado e economia cultural
Gravações financiadas por editais tornam possível pagar músicos e equipes técnicas.
Com isso, a cadeia criativa recebe mais fôlego e oportunidades de trabalho contínuo.
Rede e colaboração
Parcerias entre artistas criam uma rede que troca repertório e saberes coletivos.
Essas trocas fortalecem iniciativas locais e ampliam o alcance das ações culturais.
Continuidade e memória
O álbum registra práticas e sons que podem ser estudados e revisitados depois.
Assim, a obra opera como arquivo sonoro e como estímulo para novos projetos.
Fonte: Casa da Música Brasileira